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“Dispõe sobre denominação de praça pública EURIPEDES OLIVEIRA DOS SANTOS localizada na URBIS 03, Caminho 13, Bairro Jequiezinho no município de Jequié BA.
A PREFEITURA DO MUNCIPIO DE JEQUIÉ – ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, faço saber que a Câmara Municipal de Jequié aprovou e eu sanciono a seguinte lei.
Art. 1º – Passa a denominar-se “EURIPEDES OLIVEIRA DOS SANTOS”, a praça pública, localizada na URBIS 03, Caminho 13, Bairro Jequiezinho, no Município de Jequié - BA.
Art. 2º – Art.2º - A Prefeitura Municipal, através do setor responsável, deverá providenciar o emplacamento da Praça, conforme acima descrito.
Art. 3º – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
JUSTIFICATIVA
Eurípedes Oliveira dos Santos, conhecido por todos como “Seu Gaspar”, nasceu em 15/08/1942, em Barra Avenida, distrito de Jequié/BA, e era filho de Lindaura e Eusébio. Gaspar foi o caçula dentre os 07 filhos, e, como se não bastasse a vida de extrema dificuldades, perdeu o seu pai quando tinha apenas 08 anos de idade. A partir daí, Gaspar deu início ao que viria a ser o seu maior legado de vida: ajudar ao próximo. Assim, mesmo ainda criança, começou a trabalhar com o que lhe era oportunizado, e, para sustentar sua mãe e seus irmãos, fez um pouco de tudo – carregava feira, ajudava em uma padaria, até que passou a ajudar no preparo do almoço dos trabalhadores do DERBA, os quais tinham que improvisar suas refeições nas rodovias e estradas que estivessem a construir. E, enquanto lutava diariamente para não permitir que nada faltasse à mesa da sua família, ainda que a despeito de não poder frequentar à escola, aprendeu com os colegas do DERBA não só a cozinhar, mas também a fazer contas, escrever seu nome, operar máquinas, dirigir trator e fazer tudo o que envolvia a construção de estradas. E foi assim que Gaspar tornou-se funcionário público efetivo do DERBA, até a sua aposentadoria, que ocorreu em 1993. Muitas estradas e rodovias que ligam Jequié às regiões circunvizinhas têm a contribuição de Seu Gaspar: Itaquara, Santa Inês, Dário Meira, Maracás, Tanhaçu, Ituaçu etc. Mesmo com dificuldades, escrevia relatórios da quilometragem construída e da quantidade de óleo que utilizava no trator. E nessa missão, pôde contar com suas filhas, que passavam a limpo o que o pai escrevia. E por falar em filhas, importante destacar que Gaspar foi responsável por formar uma família linda, unida, íntegra e numerosa. Ela começou quando ele conheceu Maria Eunice (Dona Nice). Com ela casou-se, teve 06 filhos, 02 homens e 04 mulheres. Foi um pai muito amoroso, cuidadoso e atencioso. A eles, deu o que pôde. O máximo que pôde. Nunca os deixou faltar absolutamente nada. Ao lado da sua família, Gaspar viveu o que se pode considerar seus momentos mais felizes. Como não podia ser diferente, tornou-se um avô à altura, fazendo o que podia, comprando o que conseguia. Seu amor pôde ser sentido por todos àqueles que conviveram com ele. Aliás, é unânime entre a família e os amigos de Gaspar: sua marca era a sua bondade. Ninguém que passou pela vida dele deixou de usufruir dessa qualidade inerente a ele. Tiveram até os que abusaram do seu dom. Mas isso não fez com que ele deixasse de demonstrar essa característica que fazia parte da sua essência. Gaspar dividia o pouco que tinha com todos, até mesmo com os vizinhos. Nos últimos anos de vida, Gaspar viveu com sua filha caçula – Daiane. Em sua última morada aqui na Terra, Gaspar conquistou a todos os vizinhos, os que depois pôde considerar como amigos. Em frente à sua casa, na praça, tinham os que com ele jogavam dominó; tinham os que conversavam habitualmente com ele, tinham os que contribuíram a plantar com ele lindas flores... ali Gaspar foi feliz, e fez muitos felizes. Deixou sua marca, inspirou pessoas, conquistou amigos, mostrou o que é ser feliz, o que é ter empatia e amor ao próximo... Aliás, essa praça, na Urbis, nunca mais será a mesma sem sua presença. Até porque sua imagem se confunde com a dela. Não se lembra de um, sem se lembrar do outro. Ali ele passava a maior parte do dia. E foi adjacente à praça, na sua casa, ao lado da sua filha Daiane, a “Princesa Dai”, como ele a chamava, que Gaspar viveu seus últimos anos, dias e horas de vida, para a tristeza e saudade de todos. Sua história de vida será lembrada eternamente. E o seu amor, tão recheado de ternura e bondade, nunca será esquecido. Enquanto puder, sua família o fará ser lembrado, e seu legado jamais será perdido. Foi-se o homem, ficou o herói. “Durante toda sua existência, teve como lema: o trabalho, a Honra e a Honestidade. Dedicou todos os seus atos para o bem estar dos seus e do próximo. Pela sua dedicação, pelo seu amor purificado e pela sua fé cristã, Deus chamou-o para o seu reino, dando-lhe como recompensa um lugar entre os justos. Misericordioso Jesus, dai-lhe o repouso eterno”.